Faz tempo que a Ásia está me chamando, mas eu insistia em manter o planejamento inicial:
Europa > África > Ásia (2020!) > Oceania > América.
Já tive uma breve passagem pelo continente quando visitei a Turquia em março deste ano e amei a exuberante Capadócia.
No próximo dia 15, completaria 17 meses na Europa. Ainda tenho na minha lista: Geórgia, Itália, Grécia, Finlândia, Noruega, França e Portugal/Espanha de novo para matar a saudade de alguns amigos e celebrar a temporada no continente fazendo a Rota Vicentina e/ou o Caminho de Santiago de Compostela. Tantos planos… esse mundão é diverso e lindo demais! Não resisto.
O bom de tudo isso é que sou livre. Tenho asas e não raízes! Basta confiar no Universo e seguir o fluxo. E foi o que eu fiz: ouvi o chamado e decidi passar uma temporada na Ásia.
Lembram do acidente no chuveiro que me causou as queimaduras? Pois é! Por causa dele não consegui ficar dois meses atuando como voluntária em uma Escola na Floresta no norte da Rússia. Nesta época do verão, o trabalho consiste em atividades externas com horas de exposição ao sol, que estou evitando para me recuperar mais rápido. Cheguei a trabalhar pesado durante duas semanas, mas o corpo reagiu e eu decidi vir para Moscou (de onde escrevo esse texto).
Daqui a algumas horas, embarco em uma longa jornada de 14 dias pelos trilhos das Transiberiana – a viagem de trem mais longa do mundo. Farei cinco paradas no caminho: Yekaterinburg (amanhã às 23h30); Krasnoyarsk (10/08); Irkutsk (14/08); Ulan-Ude (16/08); e finalmente Vladivostok (19/08) – maior cidade portuária da Rússia às margens do Mar do Japão, onde ficarei três dias.
Após recuperar-me da longa viagem de 9.125 km, seguirei em direção a um dos momentos mais esperados da minha jornada: Green School, em Bali na Indonésia – uma das escolas que mais inspira o meu projeto de educação.
Farei dois treinamentos que certamente me trarão muitos frutos:
2) Forest School Leader Training
No caminho para a Indonésia, reservei duas paradas: em Hong Kong e na Malásia (dois dias em cada lugar). Foi a maneira mais barata que encontrei para chegar à ilha de Bali. O investimento com os cursos e deslocamento foi alto, certamente daria para eu visitar o Brasil e retornar, mas economizei todos esses meses para isso.
Continuo desejando explorar a Ásia em 2020. Portanto, ainda não decidi o que farei após a temporada na Indonésia.
Algumas opções pipocaram em minha mente:
1) Voltar para a Rússia através da Transiberiana, mas dessa vez pelo caminho da China e Mongólia;
2) Explorar a Austrália durante três meses com o visto de turista e retornar com o visto de longo prazo em 2021; ou
3) Continuar explorando as ilhas do Sudeste Asiático.
Ficarei muito contente com qualquer uma das opções. Já estou feliz e animada com essa mudança e como “a felicidade só é verdadeira quando compartilhada”, estou dividindo este precioso momento com vocês.
Seguimos juntos!