O coração aperta e fica do tamanho de um grão de areia só de pensar nas pessoas que amo.
Pequenino e apertado, ele acelera e bate forte enquanto um nó na garganta se forma.
Deitada e encolhida na posição fetal, fecho os olhos e sinto este amor materializando-se em lágrimas e sorrisos simultâneos.
São lembranças, palavras, experiências, risadas, muitas gargalhadas e choros.
Abraços, beijos, carinhos, celebrações, festas, danças, pés descalços.
Sonhos, frustrações, alegrias e tristezas.
Aventuras, desafios, conquistas, superações, pés calejados.
Gozo, dor, êxtases e decepções.
Cumplicidade, segredos, intimidade, pés para o alto.
Partilhas e doações.
Prisão e liberdade! Silêncio e reflexões.
Como é fácil e difícil ao mesmo tempo.
Sentimento que afaga e machuca.
Afaga pelo simples fato de existir… machuca pela distância.
Pai, mãe, irmão, sobrinhas, família!
Amigos… alguns até mais íntimos que a família, outros coloridos.
Ex…
Avós…
Amores que já se foram, mas continuam habitando aqui neste lugar apertadinho.
Saudades… vontade de abraçar todos! Pés juntos.
Abraçar especialmente o meu pai (foi o primeiro Dia dos Pais longe dele).
O meu amor pela missão recebida me privou deste abraço, dos pés entrelaçados.
A cada escolha, uma renúncia dolorosa.
Sempre soube que não ia ser fácil. Espero que todos tenham tido um excelente domingo em família. Te amo, pai.
Pés na estrada.
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