Este texto, apesar de ser público, é para mim.
Escrevo essas palavras no colo de uma árvore australiana. A cada suspiro, ela me abraça.
Apenas observo e sinto, sem julgamentos, a minha dor e tristeza com o resultado das eleições de 2018 no Brasil.
Meu choro ficou retido enquanto acompanhava a apuração dos votos. Confesso que esperava um cenário diferente.
As primeiras lágrimas caíram quando comecei a receber as mensagens de comemoração no grupo da família. Uma festa para eles e uma grande decepção para mim.
Minha energia vibrava muito baixo. Não me conectava com aquele resultado/festa e percebi que eu não me identificava com a minha própria família naquele momento. Senti solidão.
Decidi aceitar (tanto o resultado quanto a festa). Até porque não posso controlar as atitudes do outro, muito menos permitir que as ações deles tirem a minha paz.
Em seguida, ativei a pergunta “o que posso aprender com isso?” e saí para caminhar.
Foi quando encontrei o colo dessa árvore e parei para refletir sobre os possíveis aprendizados.
Percebi que estou num parque lindo, ouvindo os pássaros cantarem e sendo consolada por uma árvore centenária.
Constatei que o resultado que não me representa já é passado. E como o Brasil e o Rio serão governados a partir de 2019 é uma questão para o futuro.
O meu presente é:
– Estou em Sydney recebendo a cooperação de amigos queridos.
– Tenho um projeto que eu amo em andamento sobre Educação e Sustentabilidade para ser implementado no Brasil.
– Mesmo decepcionada, continuo amando a minha família.
– E permanecerei lutando pela paz, amor, compaixão, solidariedade e união.
“O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.” Carlos Drummond de Andrade
Agradeço a árvore pelos ensinamentos e sigo minha jornada com fé e esperança.
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