No meu texto deste mês no site Brasileiras pelo Mundo, eu compartilho minhas principais experiências como voluntária na Austrália.
Leia na íntegra: Voluntariado na Austrália
Quem acompanha a minha jornada sabe que a cooperação é a base do meu projeto. Numa era em que a falta de empatia é considerada o mal do século causando um alto índice de depressão e suicídio global, eu vivo a solidariedade na prática. Como? Confiando na lei da atração e na boa essência do ser humano. Funciona! Acreditem. O artigo abaixo é um excelente exemplo.
+ 10 mulheres que cooperaram com a minha viagem de volta ao mundo
Estou na Oceania desde setembro de 2018. Um semestre em um cantinho muito especial do planeta que me lembra demais o Brasil por suas paisagens exuberantes, onde praias e montanhas brincam de impressionar os visitantes, e, principalmente, pela forte cultura indígena.
Na Austrália, o meu acesso aos aborígenes foi mais limitado. Tive contato com a população indígena local apenas em uma palestra que assisti em Sydney.
Já na Nova Zelândia, a aproximação com a população maori foi bem mais fácil e aberta. Que sorte a minha, pois tenho tido preciosos insights para o meu projeto convivendo diariamente com representantes desta rica e fascinante cultura, que também me lembra muito o Chile.
Minha primeira experiência foi no escritório da Oxfam NZ em Auckland, onde fui recebida calorosamente com uma tradicional canção/dança de boas vindas da cultura maori (Waiata). Meu coração transbordou de alegria e emoção com tamanha hospitalidade e riqueza cultural.
A segunda experiência foi no primeiro jantar com a família kiwi que está me recebendo por dois meses como voluntária do projeto Talking Tree Hill, na paradisíaca ilha de Waiheke. Na ocasião, fui apresentada à Karakia, diferentes orações maoris usadas para invocar orientação e proteção espiritual. Fazemos a oração destacada na imagem abaixo antes de cada refeição em família e também com as crianças que participam diariamente do projeto educacional, que é considerado uma das grandes inovações deste ano no quesito Educação na Natureza.
A terceira foi um verdadeiro ritual maori na abertura da temporada escolar de 2019. A cerimônia foi realizada na Waiheke Island Steiner School onde recebi um abraço pra lá de especial daquela que, mais tarde, se tornaria a minha primeira amiga indígena, colega de trabalho, companheira de camping, anfitriã dos finais de semana, professora de artesanato e da língua/tradição maori. Bençãos sem medida!
Não para por aí! Esta semana, tive a feliz oportunidade de visitar a creche sustentável da ilha: Waiheke Kindergarten. As educadoras e crianças me receberam com Waiata e Karakia e me presentearam com um kit contendo uma bolsa de artesanato local e um CD com todas as canções maoris e respectivas letras que a turma do jardim de infância canta diariamente na instituição. E adivinhem quem participou da composição e gravação do CD? Minha primeira amiga indígena Puawai. Orgulho que não cabe no peito!
Ainda tenho muito o que explorar e aprender por aqui até o final do mês, quando embarco para o Vietnã para o meu longo desafio de seis meses. Mas antes, participo também como voluntária do festival Voices of Sacred Earth.
Kia ora!