Tudo passa

TUDO PASSA… e sempre deixa algum (ou muitos) aprendizado(s).

Agradeço do fundo do meu coração todo apoio e carinho recebido na última semana. Em especial, a família de Fortaleza que me acolheu em Tallinn como uma nova integrante.

Eles não somente me apoiaram oferecendo hospedagem e alimentação, foram muito além disso: cuidaram de mim, me cederam a cama de um dos filhos, me deram arroz e feijão todos os dias (eu disse TODOS os dias! Só quem vive fora do Brasil entende a importância disso), me proporcionaram assistir aos jogos da Copa na narração de Galvão Bueno (quem diria que um dia eu ia me alegrar com isto?! Mas tente assistir a algum jogo narrado por um estrangeiro que você entenderá o motivo da minha gratidão), também pude assistir ao RJTV em tempo real – com direito ao RadarRJ – pela primeira vez após 16 meses fora de casa (que fique claro que as belíssimas imagens da cidade são os únicos motivos da alegria).

Mais do que tudo isso, eles (Priscila e Rodrigo) me deram amor, carinho, atenção, compartilharam suas rotinas e a boa energia de seus preciosos filhos (Lucas e Guigui) comigo.

A Pri me buscou no hospital, trocou meus curativos com suas mãos de fada (ou anjo), sofreu com a minha dor, segurou a minha mão quando eu desmaiei no banheiro, me apoiou com as burocracias, enviou email para o seguro quando eu não conseguia digitar, quase me deu comida na boca… uma verdadeira mãe-irmã a quem serei eternamente grata.

Café da manhã estoniano de despedida

A dor passou (tudo passa!). As marcas ainda estão aqui, recebendo cuidados especiais. Mas elas não me impedem de seguir voando.

Hoje, com a liberação dos médicos, embarco para a Rússia, onde planejo ficar o próximo trimestre. A princípio, quatro noites em Saint Petersburg e dois meses como voluntária em uma escola na floresta na região de Arkhangelsk.

Meu principal aprendizado? Que tudo realmente passa! Os bons e os maus momentos. A euforia da classificação com um gol de virada e a decepção da eliminação nos pênaltis; o êxtase de um banho de mar (ou cachoeira) após uma longa caminhada num dia quente e a dor da queimadura após um acidente no chuveiro.

“A vida não é tão fácil
Viver não é só sorrir
A lagarta que rasteja
Rasteja para evoluir
Se transforma em borboleta
Depois voa por aí.”

Bráulio Bessa (poeta CEARENSE)

Gratidão a todos que seguraram a minha mão à distância e, principalmente, a Deus por sempre me segurar no colo.

Seguimos juntos voando nessa jornada.

2 thoughts on “Tudo passa

  1. Fernanda Duran

    Que bom que você já foi liberada pelos médicos! Novos aprendizados e amigos nessa parada… essa bagagem está enchendo 😉 Isso é muito bom!
    Rússia… aqui vamos nós! Ansiosa pelas novidades!
    Boa viagem!

    • Vanessa Tenório

      Sim, Nanda! Essa bagagem está cheia de preciosidades… amigos mais que valiosos, assim como você. Muita saudade!

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